Milão




Não vou mentir, nunca fui muito fã de Milão. Não é culpa da cidade em si, mas sim das circunstâncias que vivi nas vezes em que estive por lá. Na minha primeira visita, fiquei doente e completamente despreparada para lidar com o frio repentino, chuva e falta de planejamento meu mesmo. Acabei achando Milão muito parecida com uma espécie de São Paulo europeia - grande, caótica, cinza, mas com certeza repleta de atrativos para quem a conhece bem.

Na segunda vez, estávamos a caminho de Paris. Chegamos ao aeroporto atrasados, e para quem conhece o aeroporto de Milão, sabe o quão imenso e complicado é para se locomover lá dentro.

Para quem não conhece, uma dica valiosa: chegue com bastante antecedência! Principalmente se precisar devolver um carro alugado, já que as locadoras costumam ficar longe, e é necessário pegar um ônibus para chegar ao terminal principal.

Por ingenuidade, achando que em voos domésticos, como no Brasil, não havia restrições para carregar líquidos. Todos os vinhos que havia comprado ao longo de 15 dias nas cidades e vinícolas maravilhosas estavam em 2 malas de mãos. Fui barrada no embarque (o que hoje é obvio), e mesmo tentando correr de volta ao balcão do check-in, não deu tempo de despachá-los.

Só recuperei o bom senso quando Alexandre me deteve, visivelmente exasperado, e disse: "Você percebe que estamos prestes a perder o avião? E com isso, perderemos não só os vinhos, mas também as passagens e a nossa bagagem, que chegará a Paris sem ninguém para buscá-la."

Joguei 5 garrafas de vinho no lixo. Entre os "My Precious", duas garrafas de Brunello Di Montalcino Cerretalto 1999, duas de Brunello de Montaltino Camigliano 2004, e mais duas garrafas de tintos toscanos mais modestos, porém inigualáveis.











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